quarta-feira, 27 de abril de 2011

Deus não parece muito propenso a ouvir minhas orações quando elas
falam sobre não levar alguém.

Ou quando eu digo que preciso de um TEMPO.
De um INTERVALO.
Porque esse plano sequência bizarro precisa ter um corte
onde eu possa descansar, refletir, enxergar melhor muita coisa.
Um tempo em que esteja tudo bem.

Eu realmente já estava com medo do próximo golpe porque algumas
poucas coisas finalmente começaram a dar certo, porque mais que finalmente estou mais próxima de ter meu próprio lugar.
Mas como sempre eu não tinha imaginação suficiente para supor que meu
cunhado Permínio, vulgo Pel teria que partir nesse meio tempo.
Agora, hoje.
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Esse que quando minha mãe me adotou andava por aí comigo no colo pra cima e pra baixo,
esse que se preocupava se eu estava bem e perguntava pra minha irmã,
esse que mandava grana pela minha irmã se soubesse que eu estava precisando,
esse que tinha o rosto iluminado se me encontrasse de manhã cedo no ponto de ônibus.
Ele mesmo.
E nesse caso eu não estou enfeitando o pavão no dia de ação de graças.
Ele era mesmo assim.
Ainda não assimilei a coisa.
Infelizmente tenho experiência pra saber que só consigo entender dias depois.
Ainda assim me sinto privilegiada por ter estado com ele esses últimos dias de feriado.
Ele realmente não estava muito bem.
Mas eu sempre creio que vai dar tudo certo, não é?

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Eu realmente não sei o que faria da minha vida se algo acontecesse à minha irmã.

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