Teo Telestai

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É engraçada a mania que eu tenho de captar mensagens subliminares nas coisas.

Não que eu seja uma louca achando que em tudo há um discurso diabólico

oculto.

Ã, ã.

Eu capto aquelas frases que têm mais a ver com o que eu estou passando.

Aquilo que se encaixa como uma luva, quando trazido pro meu contexto.

Eu estou há muitos dias, talvez há mais de um mês, pensando numa coisa que eu ouvi no

" Curioso caso de Benjamim Botton" : Se você não perdesse as pessoas, como saberia o quanto as ama?"

E é absurdo que eu tenha visto esse filme pouco tempo antes dela partir. E isso já havia me marcado.

E mais absurdo, que na semana em que ela se foi, eu estava almoçando quando comentei com Deus sobre meus sentimentos por ela. Eu questionei ali o meu amor por ela. Exatamente naquela semana. E agora, a dor é também um alívio. O amor não é um equipamento eletrônico,

com as devidas especificações. O amor pode ser tantas coisas! E eu vi, da maneira mais dolorosa, talvez a mais precisa, que eu mesma não era capaz de mensurar o amor que sentia. E que ainda sinto.

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Tenho visto essas mensagens pertinentes saltando o tempo todo para mim.

Vi, no " Ensaio sobre cegueira" que " não importa se você chora de alegria ou tristeza, porque

diferentemente do que a maioria das pessoas pensam, a alegria e a tristeza coexistem".

E acabo de ver, nesse exato momento, em " O mestre da vida" , que " há cores nas sombras,

para as quais precisamos estar atentos".

Sentido absoluto.

Há uma parte de mim e uma torcida de amigos fabulosos dizendo :

Hei, levante.

Mas o fato é que dessa vez, vou me dar o tempo que eu preciso.

Não vou mais me esforçar para provar nada a quem quer que seja.

Quem quiser ver, que espere.