quarta-feira, 12 de maio de 2010

Que seja.

Ontem ,pela zilhézima vez, alguém me disse:
Nossa.Mas você é a primeira pessoa que eu vejo que terminou
um namoro e está feliz.
Então eu respondi :
O fato de eu estar sabendo levar não quer dizer que eu não esteja
em crise.

E é um inferrrno essa coisa de ser popular na igreja, nessas horas.
Um inferrrno que nós éramos o casal favorito de toda uma comunidade.
Eu estou começando a ser grosseira, e isso não é nada bom.
Esse domingo mesmo, uma pessoa que assim como todas ou quase
todas as outras, acha que eu tenho que dar satisfações do Fábio
só porque ele nunca está presente, me perguntou :
E o Fábio?
Eu larguei um : Não sei, nós terminamos!
Assim, bofetada, mesmo.
Tá feia a coisa, viu ?
Nesse sentido, pelo menos.

Porque graças a meu bom Deus,
eu, com essa mania de amor próprio, não
fico chorando pelos cantos, com saudade, pensando nele o tempo todo.
Até a Gau comentou : Caraca, cê tá muito bem, só lembra
de falar dele quando eu pergunto.
Eu sei.
Algum bônus eu tinha de ter, né?

Masss, por outro lado,
tenho uma crise bem pior, no meu ponto de vista.
Estou cética.
Gente, imaginem isso. Eu, cética.
E pior: Quanto ao amor.

E se o amor não existe coisa nenhuma?
-OK. Digamos que o amor exista.
Quem me garante, que justo eu, que não tenho um pingo de sorte,
vou encontrar alguém com essa faculdade extraordinária?
Que não queira simplesmente descobrir se eu sou
uma Mariah que caiba nos seus sonhos, que não queira
só se aproveitar das minhas inúmeras fraquezas.
Eu não sei, não.

E se os casamentos que duram só duram porque as pessoas não se
assumem, por N motivos?
Porque as pessoas se acomodam e têm medo de julgamentos?
E se as pessoas todas só não se separam porque Deus deixou bem claro
que não aprova a nossa instabilidade?
E, afinal de contas, qual é o interesse de Deus em que as pessoas
fiquem insatisfeitas eternamente?
-Ok. Digamos que hajam casamentos que durem, nos quais,
as pessoas, ainda que assumam que precisam melhorar,
morram de vontade de morrer juntas.
Quem me garante que eu estarei nessa seleta porcentagem?
O que me faria digna de tal coisa?

Eu não tenho mais coragem pra nada disso, gente.
Não tenho mais coragem de achar que vou ficar um tempão
com quem quer que seja.
Muito menos de achar que vou casar, de novo.
A pior parte disso é que eu queria mesmo ser mãe.
Sem amor, complica tudo.

O Luís diz que tudo isso na minha cabeça
é normal, porque eu terminei agora, e blablablá.
Provável.
É que eu sempre me joguei de cabeça em tudo, né?
Acho que tinha uma hora pra ficar arisca, também.
Nada é sério, agora.
Creio que vá demorar um tempão.
Nada mais justo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário