quinta-feira, 6 de maio de 2010

entre a pluma e a foice.

De hoje em diante, está TERMINANTEMENTE PROIBIDO
que me digam : um abração!
ao final de uma ligação, fui
clara?

O que há com as pessoas?
Tem gente que INSISTE em criar raiz nos meus
ossos, sem um pingo de responsabilidade,
sem ter certeza se vai dar conta do recado,
e depois diz: então tah, um abração.

O que tem de tão emputecedor,
tão absolutamente destrutivo, nessa saudação?
Nada!
O que dilacera meu coração,
quando eu FINALMENTE acho que
já estou me refazendo, é ver a profundidade
com que eu posso não significar mais nada.
Eu não posso ser pra sempre a menina e a mulher
dos olhos de quem quer que seja.
Não estou pedindo isso. Não mesmo.
O que eu estou dizendo é para não
esfregar a lama do tanto faz na minha cara.
Se for pra isso, me deixa em paz!
Se for pra isso, esquece que eu existo!

Pra minha sorte, a Fran me deixou chorar e
suspirar fundo em seu abraço.
Mais uma dessa, e eu vou quebrar.
Estou avisando.

Um comentário:

  1. queria ter estado com vc. mas, olha, vc ainda vai rir disso. eu já consigo ver a gente gargalhando disso daqui a não muito tempo. você sempre soube transformar magicamente a dor em humor, que viram passos largos para seguir em frente.

    e digo mais... vc nunca vai "não significar mais nada". tô dizendo.

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