Viajem de Carnaval : eis o saldo•

Nessa viajem eu aprendi muitas coisas :

- Que em araruama, não há praias bacanas.

- Mas que ficar na piscina ao deus dará também pode ser muito bom,
principalmente quando se tem um prof° de educação física
à tira colo, pra te dar aula de hidro.

- a Jogar mal-mal.

- Sueca

- que não se deve ensinar xadrez tão abertamente,
pra não ser superada no mesmo dia.

- lições básicas de defesa pessoal ( iá!)

- em casa de surdo, não há rádios.

- a ignorar marimbondos assustadores.


•••

Quando eu cheguei , depois de horas de engarrafamento,
tudo o que eu queria, lógico, era um banho.
Começei prometendo a mim mesma que não teria pressa.
Até ver o marimbondo absurdo assistindo tudo na câmera mais.
Tentei tomar banho, mesmo assim.
Mas o plano foi pelo ralo ( tendeu ?), quando
ele decidiu voar, dar uma conferida de perto...
Aí não deu!
Tratei de me vestir meio molhada mesmo,
olho pregado nele, e saí do banheiro,
deixando o chuveiro aberto mesmo.
Não havia meio de dar as costas praquela criatura
malévola. Não mesmo.
Aí o Príncipe, depois de perceber que eu NÃO ia ser corajosa
coisa nenhuma, foi lá, matar a peste.

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Eu sempre passei o carnaval nos retiros espirituais da juventude
da igreja da qual faço parte.
Há dez anos, sempre assim.
Nunca achei intediante, nunca estive lá dentro desejando ver
os desfiles, ou sair num bloco, ou outra coisa qualquer.
Esse ano decidi sair, viajar.
Na terça feira, já em niterói, virei pro Principe e disse:
--Pó falar, ir ao retiro é sem igual, teria sido melhor ter ido, né não?
Ele concordou prontamente.
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Numa boa, senti tanta falta de TUDO!
de acordar no meio da noite pra fazer xixi
e ter que ter cuidado pra não pisar em ninguém;
De me divertir da cara das minhas amigas dormindo;
De ser uma das poucas bem humoradas de manhã cedo,
esperando o amargor matutino das mesmas passar;
Dos cultos de oração;
Da fila do café da manhã;
De ver todos sentados, conversando e rindo enquanto comem;
Dos jogos variados, de xadrez à dominó, até altas madrugadas;
De sentir sono na hora do estudo, por causa da esbórnia de risadas.
Tudo.

-Aprendi que retiro é retiro, não tem pra ninguém.