Nuvens na mesa-

Eis que estou à porta e bato.Fotografia.2009.

Rolou essa sexta uma mesa redonda sobre a exposição dos
alunos, Olha Geral.
Foi maravilhosa. Mesmo.
Poucas pessoas, clima intimista, uma discussão
franca e sem pressa sobre os trabalhos, sobre arte.
E é claro que alguém ia comentar a tragédia :
quase toda a obra de Hélio Oiticica que virou fumaça, literalmente.
Ok. eu realmente acho uma tragédia. De verdade.
Mas nem fiz questão de me pronunciar, porque, sinceramente,
me enche o saco essa onda de a-história-da-arte-do-Brasil-se-resume-em-Hélio-Oiticica-e-Lígia-Clark.

Na minha fala, creio que me saí bem, fora a ponta de nervosismo:
Estava ali, falando do meu trabalho, e por que não dizer, da minha ideologia
celeste, oficialmente, pela primeira vez.
Tive uma ótima crítica.
Mas, poderia ter sido excepcional, se eu não tivesse me preocupado nem um
pouquinho em polir meu discurso e mandasse a real, nua e crua, como é o próprio trabalho.
Enfim, fica de experiência.
Ainda assim, foi ímpar.

O Aldo estava fabuloso e mesmo se ele não dissesse
que meu trabalho é muito potente, muito eloqüente, entre outras coisas, que me deixaram nas nuvens, eu diria isso aqui.
Deve ser porque eu adoro o Aldo, só por ele respirar ( momento tiete).
Foi uma oportunidade de crescimento e consolidação pra mim.
Mais uma vez, obrigada a Deus, e a todos que me apoiaram,
das mais inimagináveis formas.
Beijos. Muitos beijos.